TECNOLOGIA MILITAR 4/2019

11 Tecnologia Militar · TECMIL · N° 4/2019 Portugal Especial Comunicações, Computadores e Informações (C4I). Diretamente ligado com o C4I, o Exército começou a preparar as condições para a intro- dução da inteligência artificial, enquanto ferra- menta de apoio à decisão. Nas forças médias, destaca-se a frota de viaturas PANDUR, nas quais haverá que efetuar um Mid Life Upgrade e recompletar as tipolo- gias de viaturas em falta. Da mesma forma, também nas forças pesa- das, existe, por um lado, a intenção de efetuar “Família das Viaturas Táticas”, iniciando com o projeto das Viaturas Táticas Ligeiras (Joint Light Tactical Vehicle - JLTV). O projeto JLTV é estru- turante e transversal a todas as componentes. O mesmo se passa com o projeto “Sistema de Combate do Soldado” (SCS), uma das priorida- des do Exército. Neste projeto inclui-se a nova família de armas ligeiras, apresentadas recen- temente, bem como os novos fardamentos e equipamentos de proteção balística, e ainda os novos sistemas de Comando, Controlo, mente imediata. Seria incompreensível as FFAA serem reconhecidas como detentoras de capa- cidades únicas, mas não disponibilizadas em caso de necessidade. Por estas razões, além do seu pendor dissuasor, internamente o Exército tem sido amplamente solicitado a desempenhar missões de apoio, que podem ser várias e de grande importância para a sociedade. Em síntese, em termos evolutivos o Exército trabalha de forma integrada e síncrona, a partir de um sistema de forças terrestres capacita- do, nas suas várias funções de combate, para cumprir um largo espectro de missões, de na- tureza conjunta e combinada, onde radicam as alianças que Portugal integra (e.g.: NATO, UE e ONU) e, em prol das quais o Exército colabora na defesa coletiva e na segurança cooperativa. A pertença a estas organizações é sinónimo de evolução. TecMil: ¿Pode descrever os principais progra- mas de modernização que decorrem no Exér- cito? General José Nunes da Fonseca: Pelas razões já descritas (missões, desafios, compromissos), o Exército tem investido na modernização dos seus vários sistemas. Este desígnio está inti- mamente ligado à integração em organizações internacionais de segurança e defesa, nas quais se verifica uma imperiosa necessidade de in- teroperabilidade, tendo em vista uma melhor resposta ao ambiente operacional, presente e prospetivo. Esta lógica traduz-se na harmoni- zação das várias funções de combate (movi- mento e manobra, informações, fogos, apoio de serviços, comando-missão e proteção), com reflexos nas forças Ligeiras, Médias e Pesadas. No caso das forças ligeiras, está em desen- volvimento um processo de uniformização das plataformas terrestres, a través do programa A Companhia de Sistemas de Vigilância do Agrupamento ISTAR recebeu em 2019 os primeiros de 12 sistemas aéreos não tripulados AeroVironment RQ-11B Raven DDL para missões de reconhecimento. (Foto: Exército Português)

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