TECNOLOGIA MILITAR 4/2019

12 Tecnologia Militar · TECMIL · N° 4/2019 Portugal Especial da não concorrência com entidades civis); – No quadro do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, em apoio da ANEPC e do ICNF, neste caso dando cumprimento ao Pla- no de Apoio Militar de Emergência do Exér- cito (PAMEEX) (e.g.: inclui patrulhamentos, vigilância, prevenção, detecção, rescaldo e vigilância pós-incêndio. Parte destas ações envolve equipamentos de engenharia); – No combate à poluição; no apoio em catás- trofes naturais e outras emergências com- plexas (e.g.: situações de cheia, como em 2010 na Madeira, e no vale do Tejo, em 2005 e 2009; seca extrema, em que recentemen- te - em 2017 - foi garantido o transporte de água em apoio das autarquias, bem como a execução de trabalhos de desassoreamento nas barragens de Pego do Altar – Setúbal e do Divor - Évora; – No apoio a catástrofes, como sejam sismos, queda de arribas e deslizamentos de terra, face aos quais existem planos bem definidos, que incluem o Exército enquanto agente de proteção civil. Neste último caso, o Exército pode ser também empregue externamente, como ocorreu em março-abril do corrente ano de 2019, na mitigação das consequên- cias do ciclone “Idai”, em Moçambique, onde integrou uma força conjunta enviada por Por- tugal. Relativamente às missões de apoio ao desen- volvimento e bem-estar das populações, des- tacam-se: – Atividades de apoio ao desenvolvimento eco- nómico, cultural e científico: - Económico, através da construção de pla- taformas logísticas; intervenção efetiva e relevante, no contexto das missões das FFAA e em prol dos Portugueses. Desafio aceite! TecMil: ¿Quais as missões, nacionais e interna- cionais, nas quais o Exército participa na atuali- dade, assim como os recursos humanos e ma- teriais empregues em cada uma? General José Nunes da Fonseca: Ao nível na- cional, o Exército tem desempenhado missões de apoio à salvaguarda de pessoas e bens, bem como missões de apoio ao desenvolvimento e bem-estar das populações. No caso das primeiras, o Exército tem capa- cidade para colaborar em múltiplas missões, das quais relevamos: – Intervenções no âmbito da proteção Biológi- ca, Química e Radiológica (e.g .: integra, por isso, o Plano de Contingência Nacional do Setor da Saúde para a Doença por Vírus Ébo- la, coordenado pela Direção Geral de Saúde); – Apoio sanitário (e.g.: protocolada a cedência de um módulo cirúrgico do Exército ao Insti- tuto Português de Oncologia de Lisboa); – Meios de engenharia de construções (e.g.: manutenção e infraestruturas, beneficiação de itinerários e montagem de pontes modula- res em prol de múltiplas autarquias. Note-se que estes trabalhos obedecem ao princípio um Mid Life Upgrade no Carro de Combate (CC) LEOPARD, e, por outro, de reequipar a Infanta- ria Pesada para a articular com os CC. Teremos assim um sistema de armas mais moderno e mais credível. Ao nível do Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance (ISTAR), o Exército tem intenção de completar o Agrupa- mento ISTAR. Trata-se de um grande desafio ante a amplitude de meios associados, e com importância capital nos modernos campos de batalha. A modernização do Exército será também alargada ao reforço dos meios afetos ao Agru- pamento Sanitário e de Apoio Militar de Emer- gência. Neste capítulo, o passado recente mos- trou que grande parte dos meios é passível de ser empenhada. Além disso, a modernização atinente a uma capacidade de resposta mais ampla e mais flexível, permitirá salvaguardar as pessoas e bens e reforçar o papel do Exército num tipo muito específico de missões. Em resumo, no que concerne à moderni- zação, o Exército tem consciência do caminho exigente a percorrer, de superação e adaptação, o qual tem por base um planeamento criterioso dos recursos ao seu dispor. Contudo, é um es- forço considerado indispensável, que permitirá ao Exército ser detentor de uma capacidade de A Brigada Mecanizada do Exército Português opera na actualidade um total de 37 carros de combate Leopard 2A6 do KMW. A Brigada de Intervenção do Exército Português incorporou nos últimos anos uma importante quantidade de viaturas blindadas de rodas 8x8 General Dynamics European Land Systems Pandur II para diversas aplicações. (Fotos: Victor M.S. Barreira) f h A Força de Operações Especiais do Exército Português teve a sua mobilidade consideravelmente aumentada com a introdução de viaturas ultraleves todo-terreno adquiridas à empresa Polaris Government & Defense em 2017 e 2018, aqui os modelos MRZR 2 e Sportsman MV850. (Foto: Victor M.S. Barreira) f

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