TECNOLOGIA MILITAR 4/2019

13 Tecnologia Militar · TECMIL · N° 4/2019 Portugal Especial to à NATO, uma organização de que Portugal é co-fundador. Note-se que, no contexto da Aliança, o Exército Português está também pre- sente no Kosovo, com três militares. Ao nível da assessoria, mentoria e treino, além da RCA o Exército tem ainda presença na Somália (dois militares) e no Mali (nove milita- res). Finalmente, aponta-se o empenhamento de dois militares na Colômbia, numa missão de acompanhamento e verificação da imple- mentação do processo de paz que decorre ao abrigo das Nações Unidas. Em síntese, o Exército é uma instituição que prima pela valorização dos seus quadros e pela modernização dos seus meios, no sentido de se adaptar e responder a todos os desafios que, interna e externamente, lhe forem colocados. Sempre ao serviço de Portugal e dos Portu- gueses! L 6 encargos Crisis Establishment). De salientar, também, que desde 21 de setembro de 2018, o cargo de Segundo Comandante na MINUSCA é ocupado pelo Tenente-General do Exército Mar- co Serronha. No Iraque, o Exército participa ao abrigo de uma Força-Tarefa Conjunta, em tarefas de trei- no, no quadro da Operation Inherent Resolve (OIR), com cerca de 30 militares. Sendo uma missão de treino, os meios materiais são menos significativos. No Afeganistão, o Exército participa na Re- solute Support Mission (RSM), no contexto da NATO, com um contingente de 210 militares, repartidos por uma força de QRF, uma Branch School Advisory Team (BSAT), uma Special Operations Advisory Team (SOAT) e um Nation Support Element (NSE). Trata-se de uma missão de assessoria, mentoria e treino, num teatro que traduz a ligação de maior expressão do Exérci- - Científico, através da ligação entre a base tecnológica e industrial de defesa e a socie- dade civil; - Cultural através da rede de museus à res- ponsabilidade do Exército, da atuação da Orquestra Ligeira e da Banda do Exército, bem como na colaboração para o estudo do campo de batalha, de que têm resulta- do os centros interpretativos das batalhas, como o de Aljubarrota, o do Bussaco e a de Montes Claros, entre outros); a defesa e salvaguarda do património histórico (e.g.: segurança e conservação dos seus edifí- cios, alguns dos quais classificados, como a Escola das Armas, numa parte do Palácio Nacional de Mafra, e a Inspeção-Geral do Exército, no Palácio Vilalva); - Investigação científica, através do desen- volvimento de projetos em colaboração com universidades e centros de investi- gação (e.g.: projeto AuxDefense, com a Universidade do Minho; pro- jeto Troante, com o Instituto de Te- lecomunicações de Aveiro e a Facul- dade de Ciências da Universidade de Lisboa; Projeto Gamma-ex, com o Instituto Superior Técnico; projeto Themis, com o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação e a Faculdade de Ciências, ambos da Universidade Nova de Lisboa, etc.). – A informação geográfica, através da disponibilização de informação carto- gráfica do território nacional. Relativamente aos meios humanos e materiais, a sua disponibilização tem sido variável e dependente da relação necessidade versus existência. A títu- lo de exemplo, no âmbito do PAMEEX, desde o início de 2019 e até finais de setembro o Exército realizou cerca de 4.500 patrulhas de vigilância de combate aos fogos rurais, onde foram empregues mais de 10 mil militares e percorridos quase 900 mil quilómetros, cobrindo mais de 50 % do território nacional. Ao nível internacional, o Exército Português participa na satisfação de missões e compromissos internacionais no âmbito das organizações de que Por- tugal faz parte, nomeadamente a NATO, a União Europeia e as Nações Unidas. Atualmente, a presença de militares do Exército estende-se a quatro continen- tes, dos quais se destacam três teatros de operações, os de maior complexida- de operacional: a República Centro-Afri- cana (RCA), o Iraque e o Afeganistão. Sublinha-se ainda uma presença, embo- ra menor, no Mali, na Somália, na Colôm- bia e no Kosovo. Na RCA, o Exército participa em duas missões distintas: uma de estabilização, ao abrigo das Nações Unidas, a Mul- tidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic (MINUSCA), com 189 militares; e ou- tra, de Reforma do Setor de Segurança (RSS), ao abrigo da União Europeia, a Training Mission in the Central African Republic (EUTM-RCA), com 17 militares. No quadro da MINUSCA, os militares portugueses têm um significativo núme- ro de meios e equipamentos atendendo à missão e tipologia de força, destinada a atuar em qualquer ponto do Teatro de Operações como Quick Reaction For- ce (QRF). Também na RCA, Portugal teve a responsabilidade do comando da EUTM, durante 18 meses (Brigadei- ro-General do Exército Hermínio Maio), e onde chegaram a estar em simultâneo 239 militares (em janeiro de 2019, dos quais 180 da MINUSCA, 53 da EUTM e

RkJQdWJsaXNoZXIy MTM5Mjg=