TECNOLOGIA MILITAR 02/2021

co, o PROADSUMUS terá seu planejamento voltado para manter as capacidades do Corpo de Fuzileiros Navais no nível alcançado, além de ampliá-las conforme necessário, de acordo com a evolução da tecnologia militar. O PROADSUMUS buscará ainda o desen- volvimento de atividades relacionadas com o sistema de Ciencia, Tecnologia e Inovação (CTI) e a obtenção de meios junto à Base Industrial e Tecnológica de Defesa nacional (BITD), inclu- sive apoiando o desenvolvimento de projetos de equipamentos e sistemas que possuam alto conteúdo tecnológico e/ou de aquisição res- trita no exterior. O PROADSUMUS contempla, ainda, projetos de criação de unidades e de construção, ampliação e modernização de ins- talações. Modernização No que respeita aos recursos materiais, o PROADSUMUS prevê ao longo dos próximos 20 anos a obtenção de um conjunto alargado de equipamentos modernos, incluindo uma nova família de viaturas leves não blindadas, que substituirá as família Defender; morteiros de 60 mm e 81 mm; equipagens de proteção de implementar formalmente em linha com a Concepção Estratégica do Poder de Combate do Corpo de Fuzileiros Navais, o Programa Es- tratégico de Fuzileiros Navais 2020-2040, tam- bém conhecido por PROADSUMUS. Em 2020, verificou-se uma alteração no Por- tfólio Estratégico da Marinha do Brasil, criando, dentro do Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”, o Subprograma de Meios de Fuzileiros Navais (PROADSUMUS), que unificou os antigos subprogramas da Bri- gada Anfíbia (PROBANF), de Batalhões de Ope- rações Ribeirinhas (PRORIB) e de Grupamentos Distritais de Fuzileiros Navais (PROGPTFN). Objetivos O PROADSUMUS foi planejado para, no pe- ríodo de 2020 a 2040, restabelecer e ampliar o poder de combate da Força de Fuzileiros da Esquadra, bem como dos Batalhões de Opera- ções Ribeirinhas, dos Grupamentos de Fuzilei- ros Navais e das unidades de defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR). O PROADSUMUS possibilitará, assim, ali- nhar as viaturas e sistemas de armas e de co- mando e controle do Corpo de Fuzileiros Na- vais ao estado da arte do material militar. Desta forma, o PROADSUMUS contribuirá sobrema- neira para preservar as condições do Corpo de Fuzileiros Navais de atuar como a força naval de caráter anfíbio e expedicionário por exce- lência e contribuir para as demais tarefas do poder naval brasileiro. A partir de 2041, man- tendo seu caráter de Subprograma Estratégi- O ambicioso esforço de modernização do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil Desde a criação do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil (MB) no lon- ginco ano de 1808, esta força terrestre de ca- rácter anfíbia e expedicionária nunca deixou de modernizar os seus recursos materiais, conse- guindo com isso manter-se até hoje no estado da arte da tecnologia militar e com isso conse- guir atuar em um amplo espectro de missões. O Comandante-Geral do Corpo de Fuzilei- ros Navais, Almirante de Esquadra (FN) Jorge Armando Nery Soares comanda uma força de aproximadamente 17,500 fuzileiros. O Corpo de Fuzileiros Navais consiste essencialmente no Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN) subordinado ao Comando da Marinha (CM), o Comando da Força de Fuzileiros da Es- quadra (ComFFE) subordinado ao Comando de Operações Navais (ComOpNav), assim como os Grupamentos de Fuzileiros Navais e os Ba- talhões de Operações Ribeirinhas, estes últimos dois subordinados aos Distritos Navais. No Plano Estratégico da Marinha 2040 (PEM 2040) publicado em Setembro de 2020, um do- cumento de alto nível, estruturado a partir da análise do ambiente operacional e da identifica- ção de ameaças, que estabelece os programas estratégicos com o propósito de prover o Brasil com uma força naval moderna e de dimensão compatível com a estatura político-estratégica do país, a Marinha do Brasil tomou a iniciativa 42 Tecnologia Militar · TECMIL · N° 2/2021 Brasil Especial Victor M.S. Barreira O ambicioso esforço de modernização do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil O PROADSUMUS compreende a aquisição do sistema de ponte modulada anfíbia M3. (Foto: Victor M.S. Barreira)

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