TECNOLOGIA MILITAR 4/2019

Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança 52 ABIMDE, APEX, MD e MRE desenvolvem plano de promoção internacional da Economia de Defesa  A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Se- gurança (ABIMDE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX - Brasil) promoveram, em outubro, a primeira reu- nião do Comitê Gestor que irá desenvolver o projeto setorial de fomento às exportações.  O evento, que contou com a participação do presidente da ABIMDE, Roberto Gallo; do chefe da Divisão de Produtos de Defesa do Minis- tério das Relações Exteriores (MRE), Secretário Thiago Couto Carnei- ro; do  Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD) do Ministério da Defesa, Marcos Degaut; e de  representantes de diversas associadas, estabeleceu objetivos para o período 2019-2020.   Um dos objetivos do projeto é desenvolver e implementar plataformas de inserção (para empresas que ainda não são exportadoras), e de con- solidação exportadora (para empresas intermediárias e avançadas em exportação). O escopo do programa atual foi desenhado em conjunto entre APEX e empresas da ABIMDE durante o primeiro semestre de 2018 e assinado recentemente, em 2019. Por conta da esperada dinâmica dos mercados internacionais, a priori- zação de ações, como a de países-alvo, precisa ser sempre acompanha- da e aperfeiçoada, sendo essa uma função do comitê gestor do Projeto Setorial ABIMDE-APEX. Tecnologia Militar · TECMIL · N° 4/2019 H H H H H H Durante a reunião Plenária da ABIMDE em outubro deste ano, rea- lizada no Rio de Janeiro, a Associação e a  EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais) anunciaram um acordo de cooperação para a construção do Cluster Tecnológico Naval de Defesa do Rio de Janeiro. O acordo foi assinado na reunião Plenária que ocorreu no mês de agosto.  O Cluster é um grupamento estratégico de empresas com atividades afins e, preferencialmente, com atuações geograficamente próximas que visa aquecer o mercado, incentivar a produção de novas tecnologias, mo- vimentar aeconomiadosegmentoegerar umretornoemescalacrescente. De acordo com o vice-presidente da ABIMDE, Almirante Rodrigo Hônkis, o Cluster Naval do Rio de Janeiro tem como objetivo explorar as poten- cialidades da região, já que o município, por sua essência e característi- cas, tem a construção naval como sua vocação. Para o Almirante, quando se estabelece uma estrutura de governança para coordenar a cadeia produtiva e as ações que serão desenvolvidas em determinada localidade, começam a surgir vantagens. “ A união de empresas, cujas atividades se complementam, pode gerar, por exemplo, a redução de custos em seus processos e a redução de tributos junto ao governo do Estado. Quando você cria condições para que indústrias que atuam no mesmo setor se desenvolvam, você gera oportunidade de negócios e lucro para todos. E essa é a ideia central do Cluster, ou seja, retomar a vocação da construção naval do Rio de Janeiro e aproveitar as oportunidades ”,  afirma. O Cluster Tecnológico Naval de Defesa do Rio de Janeiro está dividido em dois pólos: o da Bahia de Guanabara e o da Baía de Sepetiba. “ A Baía de Guanabara tem em sua vocação a construção de embarca- ções de todos os portes. Já a Baía de Sepetiba, destaca-se por integrar a construção do estaleiro e da base de Submarinos da Marinha. O primeiro submarino, Riachuelo (S40), inclusive, já foi concluído e iniciará lá os tes- tes de mar” , diz o Almirante. O acordo de cooperação entre a EMGEPRON e a ABIMDE, prevê que a associação apoie, a partir de agora, todas as ações do Cluster, fazendo, principalmente a divulgação das próximas etapas para as suas empresas associadas. O objetivo é contribuir para que a Base Industrial de De- fesa aproveite essas oportunida- des que serão geradas pela “eco- nomia do mar”. Para a associação, trata-se de uma grande chance de crescimen- to para as indústrias e o resultado esperado é o aumento da produ- tividade, a geração de empregos e o impulsionamento da economia no setor de Defesa, por meio, por exemplo, de vantagens tributárias que poderão ser concedidas pelo Estado que abriga o Cluster. O vice-presidente da ABIMDE conta que o governo do Estado do Rio de Janeiro já está envolvido na construção do Cluster e sinalizou a redução de impostos, como o ICMS de algumas mercadorias ligadas ao setor de construção naval. Momento da assinatura do acordo, que aconteceu em agosto, com o vice-presidente da ABIMDE, Vice-Almirante Rodrigo Hônkis e o  diretor-presidente da EMGEPRON, Vice-Almirante Edésio Teixeira Lima Junior. Em outubro, as entidades fizeram o anúncio da parceria. (Foto: ABIMDE) ABIMDE e EMGEPRON anunciam parceria na criação do cluster Tecnológico Naval de Defesa do Rio de Janeiro

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